Juan Gil Navarro e Lali Espósito cobrem os papéis principais da obra de Arthur Miller, que se estreia hoje na Broadway 2. Trabalharam juntos em “Floricienta”, em 2004, e não haviam voltado a compartilhar um elenco. Suas expectativas.
O intenso presente que vivem tem deixado até marcas físicas, mas não lhes tem tirado o sorriso. Juan Gil Navarro tem em sua frente uma ferida recente. Acaba de regressar de Bariloche, onde gravou cenas para Graduados (Telefe) e ali, entre o gelo e a neve, na base do fim Catedral, sofreu um pequeno acidente. Além disso, está a expectativa da estreia de dois filmes que filmou no ano passado: La inocencia de la araña e 2/11 Día de los muertos. Lali Espósito transita com uma mistura de alegria e nostalgia a despedida dos palcos dos TeenAngels, o grupo musical surgido de Casi ángeles, com seus shows no Gran Rex. E acaba de filmar La pelea de mi vida.
Mas agora estão aqui, no teatro Broadway, a pouco tempo de se converter no legendario produtor John Proctor e a jovem apaixonada Abigail Wi-lliams, os protagonistas de Las brujas de Salem, de Arthur Miller, em um dos últimos ensaios da posta que se estreia esta noite.
Juan se desfaz em desculpas porque demorou uns minutos em chegar; acaba de estacionar sua moto e ainda com o capacete na mão se justifica dizendo que o caos do trânsito provocou o atraso. Lali, ao contrário, o esperava puntual, mas não se arrepende.
No palco, fundo cinza e rústica e painéis superior e móvel no fundo, preparando-os para fotos. Ambos exalam um tipo de luz própria, que clarifica a escuridão de um cenário sombrio, o que Miller chama a peça. O clima é afeto e trabalho.
Eles se conheceram em 2004 por Floricienta, e então não haviam voltado para compartilhar qualquer projeto de trabalho. "Não posso estar mais feliz", disse Lali, 20. "Descobri minha vocação aos 10 anos e desde então trabalho do que eu gosto. Estava precisando mudar um pouco de ar, de modo a fazer este trabalho significa muito para mim", diz esta jovem que começou sua carreira em Chiquititas. "Quando eu vi o letreiro, eu não podia acreditar que meu nome estava entre os que o de Juan, Carnaghi, Belloso, Rita (Cortese), Julia (Calvo)... Para mim é uma aula de teatro a cada ensaio", acrescenta. "Ela ganhou seu lugar nas audições", interrompe Juan. "Nem todas as coisas vêm com o 'famacard' que, supostamente, abre todas as portas. Fico feliz em vê-la novamente depois de oito anos, fazendo algo completamente diferente, e não por marketing, mas por escolha ", elogia seu companheiro.
O vestuário é de época, porque Las brujas de Salem (1953) está baseada nos fatos que aconteceram em Salem, Massachusetts, em 1692, a pessoas acusadas de praticar bruxaria. E apesar disso, “as pessoas que foram ver vão se sentir identificada com qualquer um dos personagens deste povo”, diz Lali. Houve duas postas locais de Las brujas de Salem, antes desta. Uma foi em '72, protagonizada por Alfredo Alcón. A outra, em ‘87, com Arturo Bonín. “Esta obra não levanta o público só por ter um bom tempo, mas também porque obriga a pensar”, reflete Juan.
Que perguntas a obra sugere?
Juan: Nos interroga sobre o preço que um é capaz de pagar por dizer uma verdade e nos faz pensar sobre o que significam o bem e o mal, a liberdade e o medo de perdê-la.
Por quê esta obra hoje?
Juan: Quando Miller a escreveu, quis mostrar o que passava na década de ‘50 com o macartismo. Nós não temos presos políticos. Mas sim acho que o exercício do poder no mundo e na Argentina, em particular, tem excessos. Sempre foi assim. Independientemente da ideología, o poder corrompe. Acho que hoje prevalecem os dualismos e isso se vê em: governo-oposição. Ambos acreditam que o outro é um inimigo tão feroz, que o único que quer e deseja é a morte.
Lali: Desde minha humilde opinião, me parece interessante deste texto que os personagens são um reflexo de qualquer um de nós, apesar de que conta uma história de 1600.
Lali estava gravando Cuando me sonreís, quando soube que estavam buscando uma atriz para ser Abigail Williams. Acreditou que ela não estava à altura. “Tinha baixo auto-estima por ter feito televisão toda a vida. Pensava que ia passar vergonha. Nunca havia feito um casting e resultou sendo muito raro... Depois de fazer a prova, chorei de emoção”, conta e seus olhos lagrimejam.
Estava em Uruguai, gravando Dance, com Isabel Macedo, quando Marcelo Cosentino propôs a Juan ser Proctor. Juan leva bastante recorrido no teatro clássico. Lali, apesar de sua pouca idade, tem ampla experiência na televisão. Os dois se animam a sortear os prejuizos e se mover em distintas águas. “Por quê um ator de televisão não pode fazer um clássico?”, pergunta Juan. “O teatro solene é uma idiotice e a televisão também é brega”, diz o ator.
A primeira escena, é a dança?
Lali : Sim, o ritual. Tituba (Julia Calvo) nos dirige maravilhosamente e nos faz meter nesse mundo.
Juan: Eu não danço...
Lali: Li Freud e me serviu muito para isto. Naquela época, as mulheres não tinham voz nem voto, havia repressão sexual e então ficavam paralizadas metade do corpo. Lhes diziam que tinham o demôonio dentro e não era outra coisa que histeria.
Aparecem os enforcamentos?
Juan: Não, não. Se mencionam e estão sugeridos a partir de escutar um barulho, mas acontecem fora de cena. Correm por conta da imaginação das pessoas; o público completa. Isto é teatro, não é televisão, não tem que dar tudo...
Juan se desfaz em desculpas porque demorou uns minutos em chegar; acaba de estacionar sua moto e ainda com o capacete na mão se justifica dizendo que o caos do trânsito provocou o atraso. Lali, ao contrário, o esperava puntual, mas não se arrepende.
No palco, fundo cinza e rústica e painéis superior e móvel no fundo, preparando-os para fotos. Ambos exalam um tipo de luz própria, que clarifica a escuridão de um cenário sombrio, o que Miller chama a peça. O clima é afeto e trabalho.
Eles se conheceram em 2004 por Floricienta, e então não haviam voltado para compartilhar qualquer projeto de trabalho. "Não posso estar mais feliz", disse Lali, 20. "Descobri minha vocação aos 10 anos e desde então trabalho do que eu gosto. Estava precisando mudar um pouco de ar, de modo a fazer este trabalho significa muito para mim", diz esta jovem que começou sua carreira em Chiquititas. "Quando eu vi o letreiro, eu não podia acreditar que meu nome estava entre os que o de Juan, Carnaghi, Belloso, Rita (Cortese), Julia (Calvo)... Para mim é uma aula de teatro a cada ensaio", acrescenta. "Ela ganhou seu lugar nas audições", interrompe Juan. "Nem todas as coisas vêm com o 'famacard' que, supostamente, abre todas as portas. Fico feliz em vê-la novamente depois de oito anos, fazendo algo completamente diferente, e não por marketing, mas por escolha ", elogia seu companheiro.
O vestuário é de época, porque Las brujas de Salem (1953) está baseada nos fatos que aconteceram em Salem, Massachusetts, em 1692, a pessoas acusadas de praticar bruxaria. E apesar disso, “as pessoas que foram ver vão se sentir identificada com qualquer um dos personagens deste povo”, diz Lali. Houve duas postas locais de Las brujas de Salem, antes desta. Uma foi em '72, protagonizada por Alfredo Alcón. A outra, em ‘87, com Arturo Bonín. “Esta obra não levanta o público só por ter um bom tempo, mas também porque obriga a pensar”, reflete Juan.
Que perguntas a obra sugere?
Juan: Nos interroga sobre o preço que um é capaz de pagar por dizer uma verdade e nos faz pensar sobre o que significam o bem e o mal, a liberdade e o medo de perdê-la.
Por quê esta obra hoje?
Juan: Quando Miller a escreveu, quis mostrar o que passava na década de ‘50 com o macartismo. Nós não temos presos políticos. Mas sim acho que o exercício do poder no mundo e na Argentina, em particular, tem excessos. Sempre foi assim. Independientemente da ideología, o poder corrompe. Acho que hoje prevalecem os dualismos e isso se vê em: governo-oposição. Ambos acreditam que o outro é um inimigo tão feroz, que o único que quer e deseja é a morte.
Lali: Desde minha humilde opinião, me parece interessante deste texto que os personagens são um reflexo de qualquer um de nós, apesar de que conta uma história de 1600.
Lali estava gravando Cuando me sonreís, quando soube que estavam buscando uma atriz para ser Abigail Williams. Acreditou que ela não estava à altura. “Tinha baixo auto-estima por ter feito televisão toda a vida. Pensava que ia passar vergonha. Nunca havia feito um casting e resultou sendo muito raro... Depois de fazer a prova, chorei de emoção”, conta e seus olhos lagrimejam.
Estava em Uruguai, gravando Dance, com Isabel Macedo, quando Marcelo Cosentino propôs a Juan ser Proctor. Juan leva bastante recorrido no teatro clássico. Lali, apesar de sua pouca idade, tem ampla experiência na televisão. Os dois se animam a sortear os prejuizos e se mover em distintas águas. “Por quê um ator de televisão não pode fazer um clássico?”, pergunta Juan. “O teatro solene é uma idiotice e a televisão também é brega”, diz o ator.
A primeira escena, é a dança?
Lali : Sim, o ritual. Tituba (Julia Calvo) nos dirige maravilhosamente e nos faz meter nesse mundo.
Juan: Eu não danço...
Lali: Li Freud e me serviu muito para isto. Naquela época, as mulheres não tinham voz nem voto, havia repressão sexual e então ficavam paralizadas metade do corpo. Lhes diziam que tinham o demôonio dentro e não era outra coisa que histeria.
Aparecem os enforcamentos?
Juan: Não, não. Se mencionam e estão sugeridos a partir de escutar um barulho, mas acontecem fora de cena. Correm por conta da imaginação das pessoas; o público completa. Isto é teatro, não é televisão, não tem que dar tudo...
Da TV ao teatro, Gil Navarro tem mais experiência na dramaturgia clássica, mas Espósito só esteve em cima de um palco, com os TeenAngels ou fazendo Chiquititas. Uma forte obra volta à uní-los.
Fonte:Teen Angels Amores-Quase Anjos 23
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