quinta-feira, 28 de junho de 2012

"A morte de Romina Yan foi muito dolorosa"



Os meninos cresceram e chegaram à conclusão –após várias reuniões com Gustavo Yankelevich– de encerrar uma exitosa etapa de seis anos. Os TeenAngels, a banda pop nascida na ficção adolescente Casi Ángeles em 2007, que editou seis álbuns de estúdio, quatro ao vivo e encheu estádios na Argentina e na Espanha, Peru e Israel, baixará a cortina com o show El adiós que apresentam no
Gran Rex.

Os escolhidos por Cris Morena, Gastón Dalmau (28), Mariana “Lali” Espósito (21), Nicolás Riera (27), Pedro “Peter” Lanzani (21) e Rocío “Rochi” Igarzábal se enfrentam, como geralmente se diz, a uma nova vida, já adulta, e falarão com o Diario Perfil.

—Como vivem o final?
DALMAU: Estamos transitando-o. É raro. Há momentos nos que nos abraçamos e dizemos “não nos separemos”. Foi uma decisão difícil, mas devíamos fazer isso porque cada um tomou seu voo próprio. É uma boa maneira de encerrar um ciclo de seis anos no que aprendimos e crescimos junto as pessoas, e no que nos afiamos na carreira e em nossos valores.
ESPOSITO: Se tomávamos a decisão de continuar seria complicado nos juntar, sair de turnê, porque Nico e Rochi estão gravando Dulce Amor, Peter está em La dueña, “Gas” vai para New York e eu debutei Las Brujas de Salem. Sentia que se continuasse não ia estar 100% focada. É uma sensação agridoce, e este final é o fim de uma etapa para começar outras que podem ser tão lindas.

—O premissa surgiu de vocês ou da produtora RGB?
IGARZABAL: De Gustavo Yankelevich, que para nós é o sexto Teen. Começou a nos perguntar o que queríamos fazer este ano, se obter outro disco, se queríamos seguir, e havia pensado em dar um bom fim, uma boa despedida a nossos seguidores.

—Gastón e Nico estão mais próximos dos trinta que da adolescência. A idade teve algo a ver?
D: Não. O nome TeenAngels tem ficado na história do grupo. O público cresceu conosco e na plateia vemos crianças, adolescentes e adultos. Sempre o aproveitamos, nos damos bem, e não é bom começar com outras coisas e relegá-lo. E essa foi a razão pela que dissemos “o fim”.

—Continuam jogando calcinhas e sutiãs?
RIERA: Sempre aparecem. É algo que começou com Sandro, e é louco que nos aconteça. Antes talvez em um boliche tudo era mais inocente, nos faziam presentinhos, mas agora nos roubam um beijo, se atiram em cima. Há pouco tempo estive no Chaco e me rasgaram todo. O que eu sei, tomo em conta que é o despertar das adolescentes, mas a verdade é que por Twitter nos tratam como se fossemos seus namorados, fazem manifestações. É muito louco.

—Já aconteceu de serem assediados a tal ponto de fazer uma denúncia?
LANZANI: Uma vez fui ver uma partida de rugby e, depois de que terminou, tive que ir porque me apressaram três meninas chorando desconsoladamente, como se as tivesse deixado após seis anos de namoro. As pessoas me olhavam. E sou tímido nesse sentido.

—Falaram com Cris Morena sobre a despedida?
R: Não. Só com Gustavo.

—Quanto tempo passou desde a primeira vez que viram Cris Morena até hoje?
R: Ugh! Somos outras pessoas. O primeiro casting aberto de Rebelde Way foi em 2002. Fiquei para a oficina, fiz três mais e nunca fiquei. Passei para o orto. Lá conheci a Cris. Depois me chamaram para Alma pirata, Rincón de luz e Chiquititas, e depois me chemou para a oficina de Casi ángeles. Gostaram e um dia eu estava assinando o contrato nas oficinas da rua Catamarca em Martínez. Ela te dá todas as ferramentas e o treinamento que necessite, mas um deve estar capacitado, à altura. O primeiro amo me custou me adaptar.
D: Há 11 anos. Foi no escritório dela, quando estava em Palermo, e era para uma ficção que nunca saiu enquanto Rebelde Way estava ao ar. Ela havia visto uns castings meus, me chamou para participar em Floricienta e depois em Casi ángeles.
L: Sete anos. Foi em 2005. Fiz um casting na metade do ano para Chiquititas e no ano seguinte debutei na televisão.
I: Em 2007. Me chamaram com duas amigas e ficamos no casting para a oficina. Um dia ela apareceu e elevava o polegar ou o baixava para ver quem ficava e quem não, em um teatro em Martínez. E me escolheu para Casi ángeles, e não me esqueço mais do que me disse: “Querida, trate de regular o acento ‘sanisidrense’”.
E: Faz 11 anos, nos estúdios do Canal 9, onde fiquei para uma oficina quando tinha dez anos, e me lembro vê-la entrar. Era muito impressionante e avassaladora, e nós éramos algumas crianças. Tem algo, um aura, energia, presença, e sua personalidade faz com que talvez um se sinta inibido. Em 2003 comecei a gravar Rincón de luz e sempre me deu as armas para fazer bem o trabalho.

—Eram muito novos e começaram a ganhar seu dinheiro. Que conselhos Cris lhes dava?
L: Que cuidasse do dinheiro, e não me expor.
E: Quando fiz minha primeira grande compra, que foi meu apartamento, me aproximei para contar como fazendo-a parte dessa conquista e me lembro de sua alegria. Estava 'chocha'.
G: Com Nico não tivemos esses conselhos, porque éramos mais grandes. Nos dizia para cuidar o aspecto físico, interno, e que se saíssemos tomássemos água e não álcool.

—Como foi a convivência nestes anos?
R: O fundamental, mais além de cada momento em particular, é que fazemos o que amamos e não é um trabalho que nos dá palha fazer. Por mais que discutamos, não pensemos o mesmo ou nos insultamos, subimos ao palco e se esquece tudo.
D: Sempre vi que a educação que nossos pais nos deram é semelhante, e entendo que se um está de mal humor, não falo e pronto. Isso fez com que nos demos tão bem.
L: Tenho meus dias. Às vezes sou calado e outras muito ativo. Nos primeiros anos dos Teen Angels era bastardo, mas depois passava.

—Está convidada sua ex-companheira Eugenia “China” Suárez?
D: Sim, claro, e estamos seguros de que vai vir. Tomere que todos os companheiros de Casi Ángeles venham ao show, porque vão ver imagens em três telas gigantes.

—O que foi o mais alegre e o mais triste que lhes aconteceu?
E: O mais triste foi a perda de Macana em 2010, um músico de Cris de toda a vida que esteve em Jugate conmigo e foi muito importante para que os Teen Angels crescesse. E o melhor foi descobrir a paixão pela dança e música, que nunca vai.
D: Acrescento a perda de Romina Yan, que foi também muito dolorosa para nós e sua família. Foi muito duro…
R: O melhor foram os recitais na Espanha e em Israel. E no de Britney, que as pessoas nos vaiava e éramos os cinco contra o público, que depois terminou nos aplaudindo. Essa foi uma prova de fogo e no mesmíssimo Estádio Unico. Brincamos de visitantes e o superamos.

 
Fonte: Exitonia-Quase Anjos 23

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